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O monstro dos mares Carlos Burle completa 50 anos

Por Destaque.

Carlos Burle completa 50 anos e lança sua biografia que conta os 38 anos de carreira em cima da prancha e narra episódios marcantes da sua trajetória, como o título de campeão mundial de Ondas Grandes na Remada, em 1998, no México. Carlos Burle – profissão: surfista é um lançamento da Editora Sextante e traz outros momentos emblemáticos do surfista, como a onda de 22,6 metros que ele pegou em Mavericks, em 2001, que lhe rendeu uma menção no Guinness e o título da premiação XXL, o Oscar do surfe em ondas grandes. O livro é resultado de três anos de conversas com o jornalista André Viana.

Para comemorar a data, a galera da Redley o homenageou com a coleção “Professional Vagabond”, nova linha de t-shirts assinada por ele. O lançamento vai ser na Redley de Ipanema , dia 10/10 e a gente vai estar lá com um standzinho pra prestigiar e tomar aquela gelada. Vai rolar venda exclusiva da camiseta Redley Vintage, Flash Tattoo com a Beatriz Alves (@ventosdemarte) e o Thiago Magá (@thiago.maga.tattoo) e a música é por conta do Facchinetti. Chega mais.

A oxibenzona, presente na maioria dos protetores solares, está matando os corais

Por Ativismo., Veganismo.

POUCOS SABEM, MAS A OXIBENZONA, SUBSTÂNCIA PRESENTE EM 99 A CADA 100 PROTETORES SOLARES ESBRANQUIÇA CORAIS, MEXE NO SISTEMA ENDÓCRINO DE PEIXES E ESTÁ PRESTES A SE TORNAR O PERIGO NÚMERO UM DE QUEM QUER SE PROTEGER

FONTE: REVISTA TRIP (LETÍCIA GONZÁLEZ)

Um espectro ronda o Havaí. Oleoso e esbranquiçado, ele abandona o corpo de turistas – são 8,3 milhões ao ano – e se espalha pelas águas, deixando uma camada lustrosa que reflete o sol. É o rastro de protetores solares, que preocupa o arquipélago desde que um estudo provou sua relação com a morte dos corais da região. A pesquisa comparou praias como Kapalua Bay, na ilha de Maui, frequentada por mil visitantes ao dia, a outras pouco exploradas, e concluiu: basta um pouco de protetor para desregular a saúde dos recifes.

Segundo o estudo, de 2015, o elemento nocivo é a oxibenzona, usada na fórmula de milhares de cosméticos, a maioria com fator de proteção solar, ou FPS. Ela agiria sobre as larvas de coral, que se encapsulam e morrem. As sobreviventes ficam incapazes de suportar o aquecimento das águas no verão e, feridas no seu sistema endócrino, procriam mal. O resultado é o embranquecimento dos corais, fenômeno já visto em outros países onde eles e turistas se encontram. “O ecossistema vai morrendo lentamente”, resume à Trip o coordenador da pesquisa, Craig Downs. No Caribe, calcula-se que 80% dos recifes, equivalentes marinhos das florestas tropicais, já se perderam.

Um estudo de 2013 recolheu golfinhos encontrados mortos na costa brasileira para buscar, pela primeira vez, a presença de FPS no corpo de mamíferos marinhos. De 56 animais estudados (da espécie toninha, ou franciscana, ameaçada de extinção no Brasil), 21 tinham concentrações de octocrileno no fígado. Em 2015, pesquisadores da Unesp analisaram amostras de água em estações de tratamento do interior de São Paulo. Viram que, depois de tratada, a água ainda tinha químicos típicos de filtros solares, sobretudo oxibenzona. Em Araraquara, a concentração diminuiu no inverno e aumentou no verão, obedecendo à flutuação no uso dos protetores (o máximo encontrado foi 115 nanogramas por litro). O que isso significa para a saúde dos rios e da população é algo que os próximos estudos terão de responder. “Ainda que encontradas em doses baixas, não há indicação de que as substâncias não possam causar dano ambiental ou humano, uma vez que níveis seguros de exposição ainda não foram determinados”, escrevem os autores.

A oxibenzona também atende pelo nome de benzofenona-3, ou BP-3, e a lista de versões não para por aí (no rótulo pode vir, por exemplo, como 2-hidroxi-4-metoxibenzofenona). Ela age absorvendo os raios solares e, assim, evita queimaduras na pele. Consta na lista de princípios ativos aprovados pelo FDA, a agência reguladora americana, e também no Brasil, pela Anvisa, com limite de 10% da fórmula. O que preocupa pesquisadores e ativistas é seu poder de desequilibrar hormônios. Isso é sabido desde 2006, quando o pesquisador Karl Fent e sua equipe comprovaram, na Suíça, que o receptor humano do estrogênio, um hormônio feminino, é ativado pela oxibenzona. “É preciso caminhar na direção de outros filtros UV que não tenham risco de afetar o sistema endócrino”, diz Fent. “Pelo menos o uso de BP-3 deveria ser restrito.”

Na última década, Fent e sua equipe se dedicaram a isolar os químicos mais comuns nos protetores solares e ver como reagiam em organismos vivos. Além do receptor humano, usaram peixes-zebra como cobaias. É que, além do sucesso que faz em aquários domésticos com o nome de paulistinha ou peixe-bandeira, essa espécie é um excelente organismo-modelo para estudos sobre doenças humanas. Neles, o time de Zurique encontrou reações claras à oxibenzona: os machos ficam com mais hormônios femininos, menos masculinos e perdem suas características sexuais. É um indício de que, em concentrações ainda desconhecidas, o mesmo poderia ocorrer conosco? “Em humanos, distúrbios hormonais podem resultar de alta exposição, como alguém usar protetor solar todos os dias e em excesso. Particularmente, crianças estão em risco”, afirma à Trip o pesquisador.

Não é o caso, portanto, de fugir para as montanhas – até porque, se elas ficarem perto de uma plantação de cana-de-açúcar, os agrotóxicos da lavoura permeados na água terão efeitos já comprovados sobre seus hormônios. Mas o conhecimento a respeito dos filtros químicos e seu potencial endócrino se avoluma. O suficiente para apresentar uma pressão à indústria e fazer crescer outro filão, o dos filtros físicos. Antigamente conhecidos como bloqueadores solares e usados por surfistas e crianças cujas bochechas não se opunham à pintura facial, eles voltam ao mercado com um novo apelo. Funcionam ao contrário dos filtros químicos: em vez de absorver os raios para evitar queimaduras de pele, os refletem. Seus princípios ativos mais comuns são óxido de zinco e dióxido de titânio – que, para evitar o efeito grudento, alguns fabricantes manipulam em nanopartículas, o que faz com que penetrem rapidamente no sangue e renovem o moinho de efeitos desconhecidos para o consumidor.

O rei dos aéreos: Christian Fletcher

Por Surf.

Se você curte ver essa galera voando no surf hoje em dia, tenha em mente que o responsável por tudo isso se chama Christian Fletcher, a eterna e maior inspiração para o surf progressivo no mundo. Muito à frente do seu tempo, o californiano adaptou as manobras do skate para dentro d’água no final da época mais careta do surf, os anos 80. Os aéreos tweakados que até hoje contamos nos dedos os surfistas que têm a manha, os no grabs (ou simplesmente ollies), o Stalefish, Lien Air e até o Judo Air… Enfim, muita coisa. Essas variações são uma parte do repertório criado por Fletcher há quase 30 anos atrás para estabelecer o lugar do aéreo como uma manobra funcional de alta performance no surf. Dá um play no video que a RVCA fez em homenagem a ele, com depoimentos do Tony Hawk, Andy Irons e uma outra galera que sabe pouco.

20 melhores filmes de surf na história desse mundão

Por Kite Surf., Surf.

The Endless Summer (1966)
Para muitos é o filme de surf mais importante de todos os tempos. Mike Hynson e Robert August embarcam em uma viagem ao redor do mundo, visitando diversos picos: Austrália,  Nova Zelândia, Tahiti, Havaí, Senegal, Gana e África do Sul.

The Innermost Limits of Pure Fun (1969)
Nomes como Bob McTavish, Ted Spencer, Baddy Treloar, Chris Brock, Gary Keys, Russell Hughes, exploram os picos escondidos em Nova Gales do Sul e Califórnia. O filme apresenta uma perspectiva fundamental sobre a revolução do shortboard.

Morning of the Earth (1971)
Um dos filmes de surf mais icônicos de todos os tempos. Filmado na Austrália, Bali e Havaí, ele retrata a conexão espiritual entre surfistas e Natureza. A trilha sonora é incrível <3.

Five Summer Stories (1972)
Um clássico estrelado por ninguém menos que David Nuuhiwa, Eddie Aikau, Gerry Lopez e Sam Hawk. A produção de ponta resulta em um filme de surf colorido e cheio de ação.

Crystal Voyage (1973)
Um filme essencial na história da cultura do surf. O espectador é convidado a seguir George Greenough, enquanto ele entra no tubo com uma carcaça impermeável amarrada às costas.

Big Wednesday (1978)
Três amigos – Jan-Michael Vincent, William Katt e Gary Busey – fazem a transição sempre complicada para a vida adulta com surf trips, festas, casamento e a Guerra do Vietnã. Mas o “Grande Swell de 1974” os reúne novamente.

Beyond Blazing Boards (1985)
O filme de surf favorito de Kelly Slater. Filmado em Bali, Austrália, México e Califórnia, mostra Glen Winton, Mark Occhilupo, Kong Elkerton, Ronnie Burns, Simon Law e Tom Curren em ondas absurdas.

North Shore (1987)
Rick Kane sonha em se tornar um surfista profissional e decide viajar do Arizona até a costa norte de Oahu para seguir seu coração. O filme conta com alguns surfistas profissionais, como Shaun Tomson, Gerry Lopez, Laird Hamilton, Mark Occhilupo, Mark Foo, Derek Ho, Ken Bradshaw e muitos outros.

Point Break (1991)
Um dos filmes de surf mais bem sucedidos de todos os tempos. O agente do FBI Johnny Utah (Keanu Reeves) investiga vários roubos de banco cometidos por uma gangue de surfistas liderada por Bodhi (Patrick Swayze).

The Green Iguana (1992)
Uma incrível experiência visual liderada por Mark Occhilupo, Peter King, Sunny Garcia, Munga Barry e Luke Egan. Uma ode ao surf contemporâneo filmado em alguns dos melhores picos do mundo.

The Endless Summer II (1994)
Uma boa sequência em que Pat O’Connell e Robert “Wingnut” Weaver revisitam os pontos onde Mike Hynson e Robert August foram felizes na década de 1960.

Occy: The Occumentary (1998)
Mark Occhilupo ganhou o título mundial de surf de 1999 e seu retorno inspirou muitos surfistas de todo o mundo. A lenda do surf australiano recebe o reconhecimento que merece em um filme de surf.

The Seedling (1999)
Filmado em 16mm, o filme é uma ode ao longboard. Joel Tudor, Devon Howard, Kassia Meador, Dane Peterson, Seitaro Nakamura, Josh Farberow, Jimmy Gamboa e convidados especiais, como Skip Frye, e Donald Takayama provam que o long não está morto.

Thicker Than Water (2000)
Rob Machado, Kelly Slater, Brad Gerlach, Shane Dorian e outros passam 18 meses perseguindo as melhores ondas do planeta. Cada quadro é um deleite fotográfico e todo o filme retrata os elementos como nunca antes.

Momentum: Under The Influence (2001)
Uma nova geração de surfistas desbrava pontos exóticos com manobras inovadoras. Apresentando CJ Hobgood, Dan Malloy, Mick Fanning, Bruce Irons, Taj Burrow, Damien Hobgood, Joel Parkinson, Ben Bourgeois, Andy Irons, David Rastovich e Dean Morrison.

The September Sessions (2002)
Kelly Slater e amigos embarcam em uma viagem de free surf para a costa de Sumatra e por sorte, são recebidos por ondas impecáveis nos Mentawais. Também rola bastante bodysurf e surf de  rio.

Billabong Odyssey (2003)
O filme é mundialmente conhecido por sua sequência de abertura, em que Mike Parsons desafia uma onda gigantesca em Jaws, Maui. Brad Gerlach, Flea Virostko, Barney Barron, Layne Beachley ajudam a fazer um dos filmes de surfe mais populares do século XXI.

Singlefin: Yellow (2003)
Um filme que captura a verdadeira essência do surf. Tyler Hatzikian molda um longboard single fin amarelo e o compartilha com amigos em todo o mundo. A prancha viaja para: Austrália, Japão, Califórnia e Havaí.

Step Into Liquid (2003)
O filho de “The Endless Summer”. Bruce Brown fez ondas na indústria de filmes de surf com um projeto de orçamento de US $ 2,5 milhões. O filme de grande sucesso foi filmado em Pipeline, Cortes Bank e Vietnã. Taj Burrow, Layne Beachley e Laird Hamilton são algumas das estrelas do documentário. Dirigido por Dana Brown.

Blue Horizon (2004)
O filme que confirmou Andy Irons como um dos melhores surfistas de todos os tempos e apresentou o surfista australiano Dave Rastovich ao mundo. Espere muitos ângulos espetaculares e tubos cristalinos.

Riding Giants (2004)
Narrado pelo incrível skatista Stacy Peralta, o filme mostra Greg Noll, Laird Hamilton e Jeff Clark, Mickey Muñoz e outros atrás de ondas gigantes. O filme de 101 minutos também narra a evolução do esporte ao longo do tempo. Dirigido por Stacy Peralta.

Bra Boys (2007)
Um documentário sobre a Bra Boys, uma surf gang de Maroubra, Austrália. Narrado por Russell Crowe, o filme revela a história dos irmãos Abberton, três surfistas profundamente envolvidos nas histórias de violência que ocorreram nos subúrbios de Sydney na década de 1990.

Castles in The Sky (2010)
Uma obra-prima com uma trilha sonora impressionante e picos secretos. Simplesmente Dane Reynolds na Islândia, Rob Machado no Peru, Dave Rastovich na Índia e Jordy Smith na África.

A Deeper Shade of Blue (2011)
Uma lição completa sobre a história e o espírito do surf.

View From A Blue Moon (2015)
John John Florence passou três anos pegando alguns dos swells mais incríveis do mundo e entregou o primeiro filme de surf em 4K. Lindo do início ao fim.

DE PICO ENTOCADO NA DÉCADA DE 70 À ETAPA DO CIRCUITO MUNDIAL​

Por Surf.

Muita gente coloca Saquarema como um dos melhores picos de surfe do Brasil. Na década de 70, quando o local mal tinha qualquer estrutura que não poucas casas de pescadores, os surfistas mais aventureiros do Rio faziam expedições para desbravar a região e suas ondas. Como na época não havia muitas formas de registro, só os próprios olhos podiam dar conta dos relatos daqueles que voltavam falando sobre as condições perfeitas para o surfe. Era ver para crer. Ir a Saquarema era uma viagem longa, de acesso remoto, mas que nutria a alma dos surfistas que passavam dias acampados nas areias de Itaúna ou da Praia da Vila.

As duas praias, separadas pela Igreja Nossa Senhora de Nazaré e pelo canal que liga a Lagoa de Saquarema ao mar, têm a vantagem de oferecer boas ondas independentemente da direção da ondulação ou vento. Se uma estivesse ruim, era provável que a outra estivesse melhor. O “telefone sem fio” se estendeu, o município da Região dos Lagos virou sede dos saudosos festivais de surfe durante a década 70 e as ondas perfeitas e poderosas se tornaram principal atrativo turístico do lugar. Em 2017, após etapas muito prestigiadas do QS (Divisão de Acesso) nos anos anteriores, é a vez da elite do surfe mundial usar e abusar do “Maracanã do Surfe” – apelido dado a Saquarema e mais especificamente à Praia de Itaúna, onde será fixado o palanque principal do evento. O pico alternativo será na Barrinha, em frente à associação de surfe local.

A descoberta do pico pela turma do Arpoador foi natural. Com Saquarema no meio do caminho para Búzios e Cabo Frio, já desbravados, alguns personagens da época como Ricardo Bocão, Pepê Lopes, Tico Cavalcanti, Octávio Pacheco, Daniel Friedman, Paulo Proença, Maraca entre muitos outros, toparam com o tesouro nada escondido de Itaúna: esquerdas que quebravam sem pressa, com longas paredes de água, manobráveis e com pressão diferente das ondas do Rio. Nesta época, apenas dois locais tinham envolvimento com o surfe: Celmo “da Vila” e Abel “de Itaúna”.

– Itaúna tem uma geografia que favorece a potência das ondas. Naquele tempo (tinha uns 17 anos), todo mundo sabia que quem pegava onda em Saquarema estava um nível acima dos demais. As ondas eram melhores, maiores e mais desafiadoras – relembra Tico Cavalcanti, pioneiro na confecção de bermudas de surfe no Brasil.

– A geografia da praia é favorável à formação de bons fundos de areia por conta da laje e das correntes todas. Esses elementos são fundamentais na construção de uma onda perfeita. Saquarema tem uma variação de ondas para a esquerda de altíssima qualidade e uma variação para a direita com ondulações de sul e sudeste. Os ventos são favoráveis, e as tempestades se dissipam muito rapidamente – explicou Roberto Perdigão, diretor regional da antiga ASP, atual WSL, às vésperas da etapa do QS em 2014.

Mas chegar ao pote de ouro, na década de 70, era uma missão braba. Os 116 km de distância do Rio significavam muitas horas de aventura. Mesmo numa época sem tecnologia de previsão de ondas, as chances de ganhar a recompensa pelo esforço eram grandes.

– A galera ia para acampar, ficar na areia da praia, de frente para as ondas. Geralmente íamos num fusquinha lotado, outras vezes na raça: íamos com nossas tralhas até o Cais do Porto e atravessávamos a Baía de Guanabara, de barca, até Niterói. De lá, a gente andava uns 15 quarteirões até a rodoviária (risos). As pranchas iam no bagageiro do ônibus até Bacaxá, de onde pegávamos uma última condução até a Praia da Vila. Da Vila, dávamos um jeito de chegar em Itaúna – relembra Tico.

Com o aumento do volume de aventureiros, começou o movimento de aluguel de casas dos pescadores.

– Acho que esse foi o primórdio do turismo em “Saquá”. A cidade passou a enxergar e a aceitar todo aquele pessoal também como fonte de renda. Depois vieram os festivais de surfe, que reunia uma galera bem descolada, com campeonatos, shows e outros entretenimentos – emenda Tico.

A partir de então, Saquarema entrou no roteiro do surfe nacional, sempre considerado um dos melhores points de surfe do Brasil. Em 2002, Itaúna recebeu o mundial e, de lá pra cá, muitas etapas do QS, sempre muito prestigiadas. O australiano Taj Burrow faturou o caneco do único campeonato em Itaúna destinado à elite do surfe. Na edição, o brasileiro Rodrigo “Pedra” Dornelles ficou em quinto.

Se Saquarema tem um personagem emblemático, este cara é Raoni Monteiro. Com 10 temporadas de CT na bagagem e muito respeito conquistado pela sua atitude dentro d’água, Raoni nasceu e cresceu surfando em Saquarema. Instalado lá até hoje, ele aponta o lugar como principal aliado da sua longa estadia no Circuito.

– Saquarema é fundamental para a minha história no Circuito Mundial. Aqui dá onda grande, pequena, onda cheia, onda buraco. Onda de manobra, com parede, forte, de tubo… Eu aprendi a surfar nos mais diversos tipos de condições. O nível de surfe de Saquarema é comparado com as ondas boas de fora do país, até com o North Shore, no Havaí. Quando a ondulação está de leste, Itaúna oferece aquelas famosas esquerdas longas que todos conhecem, mas se você for pra Vila também vai ver tubos. Muitos fatores fazem de Saquarema um lugar versátil para o surfe – comenta Raoni, que está à frente de um projeto de coach para fomentar a nova geração de surfistas de Saquarema.